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Norma Silveira Moraes  Poesias e C&A

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Ouvi Dizer Que Burros Pastam No Campo Foto de Stock - Imagem ...

 

O BURRINHO FUXICO (NOV 22)

 

 

Morava naquela fazenda velha vários animais. Lá havia lindas pastagens verdinhas, um recanto de muitas frutas no pomar, onde fazia festa muitos tipos de passarinhos que ficavam o dia todo cantando. Passava também dentro da fazenda um rio que tinha uma bela queda d’água. Parecia ser um santuário o belo lugar. E o que muito destacava era um burrinho de nome Fuxico. Era teimoso demais e não adiantava a sua mãe a mula Dengosa chamar sua atenção sobre o perigo de ir até um brejo próximo.

-Fuxico meu filho, lá tem cobras venenosas e você pode se atolar no brejo, repetia a mula Dengosa. E Fuxico sempre repetia.

-Deixa eu quieto mamãe, eu sei me cuidar, só chego na beirada do brejo. E lá ia ele cada dia mais longe. Adorava ficar olhando a quantidade de borboletas coloridas e um tipo de capim que ele gostava muito. E ficava por horas distraído lá. E a mamãe Dengosa ficava triste e preocupada.

- Que burrinho mais burro, não adianta falar nada com ele, parece cego para a verdade, vai ter que sofrer com a própria experiência para aprender.

E o tempo foi passando. Um certo dia a mãe resolveu seguir o burrinho e chegando lá qual não foi a surpresa de verificar que havia outros quatro burrinhos; Peleteco, Fofucho, Neco e Boneco, atrás daquele capim sedutor. Os burrinhos pastavam tranquilos sem perceber o grande perigo em volta, inclusive o atoleiro. A falta de segurança, naquele lugar, era verdadeiro, mas Fuxico não conseguia entender e achava que era implicância da mãe.

Certa tarde estava armando uma grande tempestade e o burrinho estava lá com seus amiguinhos quando foram pegos de surpresa. O brejo se encheu de água mais rapidamente e com a lama grudenta eles ficaram atolados, e mais ainda, o Peteleco foi mordido de cobra e estava desmaiado. Em casa Dona Dengosa estava agitada e com mau pressentimento. O tempo passava e nada de Fuxico. Então ela mandou o burro Mané para ver o que havia acontecido.

Chegando lá ele encontrou uma cena muito triste, um dos burrinhos, o Peteleco, já estava morto, o que levou a picada de cobra, os outros atolados e Fuxico estava relinchando de dor, estava todo gelado e com uma perna quebrada. Mané teve que chamar vários burros amigos para salvar Fuxico e os três amigos. Enterraram o que estava morto. os amiguinhos estavam muito tristes e traumatizados. Que triste lição eles tiveram e não foi por falta de aviso das mães.

Depois desta experiência, Fuxico percebeu que não devia mais teimar com a sua mãe que sabia o que estava falando, que não poderia ser seduzido pelo capim que avistava. Havia outras pastagens mais seguras onde o gado pastava. Claro que ainda precisava tomar cuidado, pois onde o gado pastava também havia risco de cair em algum buraco, o de ser mordido por cobras, mas estava perto de outros burros adultos. tomaria mais cuidado e seria mais cauteloso. Ele aprendeu que há riscos na vida, que só sua própria experiência pode indicar o certo e o errado, e seguir os conselhos dos mais velhos era primordial para pastar em segurança e ser feliz. Deste dia em adiante Fuxico pastava feliz com seus amigos e não era mais um burrinho fujão e teimoso. Mas tudo isso só aprendeu pela dor. Se obedecesse sua mamãe poderia ter evitado tanto medo e a perda do amigo Peteleco, que também era um burrinho teimoso e fujão. O trauma e a dor da saudade sempre ficarão registrados nos coraçãozinhos dos burrinhos. E essa história seria sempre contada para que outros burrinhos não fugissem mais para longe de suas casas para brincar ou pastar em lugares perigosos.

 

 

17/11/2022

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Norma Aparecida Silveira Moraes
Enviado por Norma Aparecida Silveira Moraes em 17/11/2022
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