AS LETRAS NÃO DORMEM (BVIW)

Penso que, quem aprecia escrever, e tem este dom bem latente dentro de si não consegue se desligar das letras por muito tempo, principalmente quando o vínculo mais forte é com a poesia. Quando bate aquela inspiração dá uma vontade de colocar logo no papel, pois é inédita e nunca uma é igual a outra.

Quando a letras entra de férias é porque algo não anda bem dentro da alma, é um tempo que se dá, para si, mas que não pode durar muito. Inspirações podem ser tristes ou alegres, tudo depende do momento vivido, das emoções sentidas, da sintonia cósmica, da conexão com a natureza, a vivência, a percepção de ser e estar inserido no mundo, na sociedade, o recado que se deseja dar. Se as letras entram de férias, o leitor fica sem o alimento para alma, para o seu intelecto, para a aprendizagem, apreciação, estudo ou lazer. A busca de emoção na leitura é um prazer imensurável.

Na frente da tela deixar cada letra cair como se fosse gotas, uma a uma formando a ideia. Escrever como escritora ou poetisa é um bem que faço a mim mesma, um bem que me cura da solidão, do medo, das dores que carrego comigo. Na escrita, encontro soluções para tantas coisas. Os pensamentos vão brotando livres, a alma transparente não tem obstáculo, mesmo seguindo alguns conceitos e regras, ali está a alma em ação, na escrita dinâmica de existir. Sentimentos e emoções vão se alinhando, costurando e tecendo um novo texto. Que as letras em formas de bênçãos  brotam em cada inconsciente e no coletivo nesta Natal para que possamos brindar um Ano Novo melhor. Mesmo de férias, elas ficam pulsando em nossas almas, em belas inspirações, meio adormecidas, esperando  o melhor momento para cair numa tela branca ou folha de papel. 

BVIW LETRAS EM FÉRIAS