FRUTOS AMARGOS?? (BVIW)
Naquele quintal havia uma grande árvore, um pé de amoras, que destacava de todas as outras. E morava naquela casa um homem muito violento que surrava a esposa e os filhos pequenos por qualquer motivo e depois os amarrava no tronco daquela árvore por um dia inteiro de castigo sem comer ou beber. A árvore era aguada pelas lágrimas da pessoa que tinha o azar de ficar amarrada nela. O mais incrível que possa parecer é que ela começou a ficar bem frondosa doando uma boa sombra para quem lá estivesse. Parecia que ela sentia o padecimento das vítimas. E muitas vezes a pessoa conversava com essa árvore em sua solidão - Obrigada árvore pela sombra que alivia o meu sofirmento. - Obrigada até por algumas frutinhas doces que caem bem em cima de mim de vez em quando suavisando a minha fome e sede. A "árvore do terror " podia receber frutos amargos de dor e tristeza, mas era ela quem adoçava um pouco aqueles momentos cruciais com frutinhas tão doces.. Entretanto um dia, cansados de escutar tanto terrorismo, alguns vizinhos resolveram se vingar do homem e o amarraram na árvore, do mesmo jeito que ele fazia com a família. E por incrível que possa parecer, neste dia a amoreira não deixou cair nehuma amora, para satisfazer o homem, e o sol estava escaldante também. No outro dia os vizinhos resolveram ir soltar o homem, afinal ele já tinha provado do próprio castigo. E o encontraram morto, além da sede e fome foi mordido por uma cobra que por ali estava. A cobra morava no oco da árvore e nunca havia mordido ninguém, mas como a vida é justa, ela se vingou de quem tanto mal fez aos outros. E a árvore ficou batizada pelos vizinhos como a árvore do terror, muito embora ela tenha sido amiga da família. De terror sim, pelo padecimento da esposa e suas inocentes crianças. ÁRVORE DO TERROR (BVIW) Norma Aparecida Silveira Moraes
Enviado por Norma Aparecida Silveira Moraes em 29/06/2021
Alterado em 29/06/2021 Copyright © 2021. Todos os direitos reservados. Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor. |