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 O PICHARRO CANTADOR
Meu filho, Bruno era fascinado pelo canto do “picharro”, realmente como cantava bonito o passarinho. Até que um colega o deu de presente um filhotinho. Bruno cuidava do filhote, colocou o nome dele de Apolo. O passarinho cresceu forte e cantava muito. Sempre fui contra prender passarinho, mas se soltasse o Apolo, que foi chocado em gaiola, na certa em dois tempos ia ser pego por algum gato. Meu filho se casou e, foi morar num apartamento, levando o Apolo consigo. Ele morava no quarto andar. Um dia a porta da gaiola ficou aberta e Apolo voou. Foi embora. Meu filho desceu e foi até um terreno próximo e Apolo estava lá. Mas não conseguiu pegá-lo, pois estava em cima de um coqueiro. Ele voltou para casa bem triste, mas conformado e deixou a porta da gaiolo aberta. E numa manhã escutou o canto do Apolo, que estava dentro da gaiola tomando banho e comendo suas sementes. Bruno resolveu deixar a porta da gaiola aberta para sempre. Assim passaram os dias, o Apolo saia para passear e voltava para comer, cantava um pouco e ia embora. Até que um dia, o silêncio reinava na área de serviço e nada do Apolo voltar. Ele ficou sabendo que havia alguns rapazes de olho no Apolo, por ser um pássaro manso e cantar muito. Gatos também estavam de olho naquele pássaro que não saia do coqueiro, ele voava muito pouco. Tinha as asinhas atrofiadas, mas, parecia feliz com a liberdade de ir e vir. Até hoje não se sabe nada do Apolo, a saudade é muita, e torcemos para que ele esteja bem e não tenha sido caçado por um gato esfomeado. O que será que aconteceu com ele? Quem sabe ainda não saberemos notícias dele. ___________________________ Chocar pássaros em casa, faz com que eles tem as asinhas mais fraquinhas. Sou contra passarinho preso, passarinho deve ser livre para voar Norma Aparecida Silveira Moraes
Enviado por Norma Aparecida Silveira Moraes em 26/02/2021
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