" *** SOMOS O QUE ACREDITAMOS E O QUE PENSAMOS, POIS O PENSAMENTO E A PALAVRA SÃO VERBOS.***"

Norma Silveira Moraes  Poesias e C&A

ENERGIA POSITIVA, PAZ E LUZ...

"Muitas Bênçãos de Deus A TODOS."
Textos

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                            O SABIÁ LARANJEIRA 
Sempre via aquele lindo sabiá, cantando naquela casa da ponte azul que ficava perto da minha. E ficava escutando fascinada o canto daquele pássaro, ele parecia perceber minha admiração por ele, que amava sua liberdade, e cantar para a natureza Um dia encontrei-o pousado, no chão do meu quintal, depois voou para uma mesa onde havia algumas frutas que eu havia lavado e colocado para secar. Peguei-o e o coloquei numa gaiola de talo de embaúba, e ele conseguiu se soltar. Mas voava para o chão novamente, me deixando intrigada. Eu tornava a prendê-lo e ele tornava a se soltar, e ia trocando gaiola, uma de bambu, outra de madeira e ele se soltava. Por último comprei uma de arame, ele sempre fugia e pousava no chão. Eu o pegava fazia carinho e o prendia novamente, ele corria o risco de ser pego por um gato, ou outro predador. Comprei uma gaiola maior e coloquei-o pela última vez na gaiola, já tinha desistido, embora estivesse já encantada por ele, tão lindo e vulnerável, que ficava me olhando com os olhinhos tristes, ora assustados, ora agressivo até me bicava. Arrumei pela última vez a gaiola com água, frutas, sementes, e coloquei o passarinho lá dentro, mas deixei a porta aberta, e não me importei mais se ele ia sair ou não, desisti de salvar o sabiá dos perigos lá fora.
Então supreendentemente, o sabiá entrou, não forçou mais a saída, ficou no poleiro mais alto. A gaiola continuava no quintal, e eu já havia entrado para dentro de casa, quando ouvi o canto do passarinho. Ele cantava, entrava na bacia de água, tomava banho, bicava os alimentos e cantava, por lá ficando, não tentando mais sair.
Ele acabou entendendo que não tinha mais condições de viver lá fora, suas asas estavam fraquinhas doentes, não permitia mais o vigor para voar, então ele reconheceu que eu havia dado para ele apenas amor, cuidado e carinho. E mesmo na gaiola resolveu ficar para preservar a vida e a sobrevivência. Percebeu que o mundo lá fora estava violento, injusto, malvado demais, por fim, preferiu a prisão, e o amor que lhe era ofertado, sem pedir nada em troca, apenas existir e cantar ...  Não ia cantar mais na ponte azul, mas da gaiola dava para ver a casa e a ponte, e matar a saudade.

TEMA BVIW: A casa e a ponte azul



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Norma Aparecida Silveira Moraes
Enviado por Norma Aparecida Silveira Moraes em 09/02/2021
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