Fotografias da morte
Quanta tristeza na humanidade Um vírus que vem para matar Quantas figuras de caixões lacrados Pessoas morrendo na mais triste solidão Sem a misericórdia de poupar a vida Chegada de um momento previsto Estamos tão acostumados em geral De ver a morte que pega de surpresa Não essa tão previsível que assalta Semeando o pânico e depressão Vulnerabilidade do inconsciente coletivo Momento tão negro da humanidade Muitos em estado de negação Outros rindo da morte, ironizando Muitos ainda têm no seu coração Uma pedra no lugar da emoção Visando apenas lucras nessa situação Não sabe nem perdoar um irmão Vive de ódio, fazendo sofrer Todo aquele que é seu desafeto Pensando em vinganças bizarras Acorda pessoas desumanas e cruéis Tanta gente que geme e chora de aflição E as guerras ainda são semeadas Sem medo de matar ou morrer seguem Ceifando vidas tão inocentes Que não pediram para dar adeus Outro cenário tão desesperador A morte pro fome ou violência O ser humano precisa aprender amar Ser do bem, em laços fraternais Mas a maldade impera alma de pedra Muitos vivem na igreja e semeia o mal Pele de cordeiro em alma do mal Usam o nome sagrado para enriquecer Enquanto outros vivem com júbilo a fé Com esperança e gratidão no coração Semeando flores e bálsamos de paz Numa fotografia da morte mais serena Pois quando a hora chega parte em paz Precisamos ter a alma mais agradecida Construir sonhos sem prejudicar alguém Perdoar e seguir em frente, sem ódio Quando não dá para viver mais juntos As almas precisam aprender a conviver Mas separar para não desgraçar vidas Buscar um novo colorido para sorrir Vivendo bem o tempo que se ganha aqui Norma Aparecida Silveira Moraes
Enviado por Norma Aparecida Silveira Moraes em 30/03/2020
Alterado em 30/03/2020 Copyright © 2020. Todos os direitos reservados. Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor. |