Herança perdida
A sogra de Sonia faleceu. Ela era casada em comunhão universal de bens. O sogro demorou 20 anos para concluir o inventário, de 50% das terras, que os filhos teriam direito pela morte da mãe, uma pequena fazenda. Mas há quatro anos atrás o ex marido de Sônia faleceu e somente agora foram ver o inventário dele. Ela conseguiu vender a sua parte, alguns anos atrás. Agora foi ver a parte dos filhos, fazer inventário para vender. Quando chegou lá para ver as terras, tomou um susto, alguém havia feito uma casa e morava lá a mais de dez anos. Nada foi comunicado a Sonia e seus filhos. O terreno ficou sem manutenção neste período todo. Porém quando foram mexer, um senhor com sua família, já tinha plantado algumas coisas, feito também horta, havia até uma vaca de leite e um cavalo. Havia também aves. E a surpresa maior era que o senhor já havia feito usocapião da terra. Era um pequeno sítio que se perdeu de bobeira, ficando os herdeiros sem nada, pois para sair de lá teria que pagar todas as benfeitorias e não valia nem a pena, pelo preço do terreno. Conclusão, não se brinca nem com os bens, se não ficar de olho, fazer manutenção é simplesmente invadido. E muitas vezes se perde porque os herdeiros não tem capital para cuidar ou depois comprar as benfeitorias ou expulsar o invasor. É preciso estar em dia com a documentação também. Os filhos da Sonia ficaram sem nada...Não iam poder curtir um pequeno paraíso fora da cidade. Acho muito pouco o tempo de cinco anos, para alguém se apossar do que é do outro...Muitas vezes a pessoa está até desempregada, sem dinheiro para manutenção... Norma Aparecida Silveira Moraes
Enviado por Norma Aparecida Silveira Moraes em 08/05/2019
Alterado em 08/05/2019 Copyright © 2019. Todos os direitos reservados. Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor. |