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 Verdade da vida: Não somos nada nesta vida.
De vez em quando alguma coisa acontece para que possamos pensar um pouco mais sobre a vida, e nossa condição humana. É, não valemos nada, e ainda dependemos totalmente das pessoas. Principalmente quando ficamos doentes. Na hora que adoecemos ou nos deparamos com uma pessoa querida doente, nós só pensamos no bem estar, na maneira de aliviar o sofrimento. Ontem, meu esposo que chamo carinhosamente de Mozão, precisou ficar internado para realizar uma colonoscopia e outros exames e como passou dos 65 anos, não fazem em nenhuma clínica. Eu como esposa e acompanhante, fiquei o tempo todo ao seu lado, principalmente no preparo, pois precisava ir ao banheiro de quinze em quinze minutos, e como tem labirintite, colocaram uma pulseira vermelha nele, e tive que assinar um termo de responsabilidade por quedas. Ficamos no décimo andar no hospital IGESP da Transmontano, onde ele tem convenio médico, então depois do preparo descemos para o terceiro andar aonde fazem os exames. E havia neste local, umas vintes macas ou camas e um espaço para os acompanhantes ficar esperando. Neste espaço também os pacientes, logo que voltavam ao normal, e tomavam um lanche fornecido pelo hospital. O que me chamou a atenção, é que pessoas vomitavam no outro espaço, defecavam por causa dos exames e precisavam soltar gases para melhorar a dor. E nós pertinho tomando água, outros comendo, depois de um dia todo de jejum, e mais dois antes, tomando somente líquidos, todos comendo normalmente, sem nojo. As pessoas ficam tão vulneráveis na hora da dor e do sofrimento que esquecem todos os defeitos de personalidade, como arrogância, soberba, vaidade, antipatia, nojo, etc. Ao menos nesta hora, somos todos iguais. Naquele lugar havia pessoas que podiam pagar um plano de saúde, lá não atende o SUS, mas eram pessoas que estavam fracas, a maioria com receio de estar com câncer e outras doenças. Este hospital é referência e tratamentos gástricos, intestinais, câncer, um grande hospital, e vem pessoas do país inteiro. Nele há também até um hotel, para hospedar quem vem de longe, com tratamento bem humanizado. São vinte andares de puro tratamento, exames e internação. O bom de tudo é que falamos com todos, eu principalmente, sou assim, aonde vou, converso e faço amizade com qualquer pessoa, ainda mais as mais simples. A aprendemos tanta coisa, o coração vai ficando ano a ano cada vez mais amolecido de ver tanta gente sofrendo. Que Deus ajude cada doente, e cada médico e enfermeiros, enfim cada setor e equipe, desde o restaurante, limpeza, e todos funcionários, aonde pessoas precisam tanto de atenção e solidariedade. Norma Aparecida Silveira Moraes
Enviado por Norma Aparecida Silveira Moraes em 30/03/2018
Alterado em 01/06/2019 Copyright © 2018. Todos os direitos reservados. Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor. Comentários
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