" *** SOMOS O QUE ACREDITAMOS E O QUE PENSAMOS, POIS O PENSAMENTO E A PALAVRA SÃO VERBOS.***"

Norma Silveira Moraes  Poesias e C&A

ENERGIA POSITIVA, PAZ E LUZ...

"Muitas Bênçãos de Deus A TODOS."
Textos


                              Asinhas atrofiadas
     Certa vez tive um amigo, o Zé Inham, que gostava muito de ter pássaros presos. Tinha ele um passarinho muito especial e fez questão de me presentear com ele quando me casei.
     O passarinho era um Pixarro, muito lindo, manso e que cantava o dia inteiro e até a noite se estivesse num lugar claro. Se eu viajasse até para a praia, levava o meu Pixarrinho de nome Beethoven, era assim que o chamava, e o chamava também de Bebê.
     Comprava comidinhas especiais para ele e suas frutas preferidas como acerola, pitanga, jabuticaba jiló, entre outras. Ele gostava muito também de alpiste e girassol. Tanto comia como jogava fora da gaiola.
     Pois bem, eu amava o Beethoven, mas sentia uma piedade, de vê-lo preso na gaiola. Certo dia tomei a decisão de devolvê-lo à natureza. Com o coração partido abri a portinha da gaiola, para o meu bebezinho ir embora.
     Ele nem ligou, então peguei-o e abri a mão. Ele tentou voar, até deu uma pequena voada. Mas voltou e pousou em cima da gaiola. Deixei assim a portinha aberta e de repente o passarinho voltou para a gaiola, comeu um pouco, bebeu e começou a cantar sem parar.
     Entendi afinal que não poderia soltar o passarinho, mesmo sendo uma avezinha, ele já tinha vínculo comigo, e não aguentaria voar, correndo ainda o risco de ser comido por algum gato, ou mesmo até atropelado por algum carro, já que tinha as asinhas atrofiadas, por morar tanto tempo na gaiola.
     A solução foi então dar cada dia mais carinho, para ele, que gostava que eu coçasse a cabecinha dele, todos os dias, e ficava vendo-o cantar, brincar na bandeirinha de água e fazer a gente feliz logo pela manhã, e o dia todo com o seu belo canto.
     Foi assim por muitos anos, até que um dia não escutei o canto, errei até a hora, pois despertava com o canto dele.
     Ele estava enfim morto, de morte natural, ficou velhinho e chegou seu dia.
     Até hoje lembro do meu Pixarrinho Beethoven, e sinto saudade de tão belo canto. Enfim, acho que muitos animais que estão em cativeiro não podem ser soltos de qualquer jeito, principalmente quando já está preso desde filhote. Sou contra pássaros na gaiola. Mas quem tiver algum, o melhor que tem, é colocá-lo numa gaiola bem grande e cuidar muito bem, deste anjinho, que só sabe alegrar a vida da gente.

Norma - 05/05/2015
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Norma Aparecida Silveira Moraes
Enviado por Norma Aparecida Silveira Moraes em 05/05/2015
Alterado em 06/05/2015
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