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 PORQUE BATER NUMA PESSOA QUE ESTÁ DROGADA...
Porque bater numa pessoa que está drogada?
Fiquei revoltada com uma cena que presenciei nas vizinhanças e opino por conhecimento de causa. Um jovem de nome Elan, chega em casa, vinha da rua e tinha fumado crack e cheirado cocaína. Chegou mal, balançando de um lado para o outro e pedindo dinheiro para a mãe. O tio vendo a cena, começou a espancar o jovem de 20 anos e o expulsa de casa. Este jovem tem 20 anos, sempre teve problemas cognitivos, nunca conseguiu aprender ler apesar de ter frequentado a APAE por alguns anos. Sua mentalidade é de uma criança de oito anos. Mesmo com este contingente, ele, brincando na rua perto de casa por poucas horas, aprendeu a enveredou pelo caminho das drogas. A mãe lhe dava dinheiro para tomar sorvete, comprar alguma coisa e ele sumia por algumas horas, até sumir por noites inteiras Tentaram internar, mas como ele chorava o dia inteiro, o trouxeram de volta. Arrumaram um emprego de empacotador em supermercado e nas hora do almoço ele corria para consumir drogas, gastava tudo...Depois conseguiu emprego em lava rápido, mas de nada adiantava os pedidos da mãe e avó, o vício era maior que as promessas. Um sofrimento muito grande por todos no contexto, ainda mais pelas condições cognitivas do rapaz, que obedecia tudo que os colegas do vício mandava.
Ontem fiquei revoltada pela cena pelo motivo que exponho agora. De que adianta espancar uma pessoa drogada, ela não está em suas condições físicas ou psicológicas normais. Se ela estivesse agredindo alguém seria normal a imobilização, mas neste caso o rapaz só dá risada, fica empolgado e falante. O correto é conversar com a pessoa no momento que levanta e que passou o efeito da droga. O rapaz chora como criança e corre para a noite, fugindo dos socos e pontapés. Se espancar resolvesse o problema do vício, não teríamos nenhum drogado pela rua, já que nenhuma família deseja ter um filho nestas condições.
É triste demais conviver com pessoas viciadas até mesmo pelo álcool que destrói tantos lares, tudo que é demais e vira vicio, já é uma doença que necessita de tratamento, internação para desintoxicar e outros tratamentos simultaneamente. Espancar um bêbado ou drogado indefeso só nos deixa mais triste e desesperançados. A violência gera mais violência, e consequências terríveis para quem sofre. Este jovem pode fugir de casa, tentar o suicídio, ser induzido a praticar crimes e fazer muitas besteiras. Muitas vezes julgamos, condenamos sem ao menos ver o histórico psicológico da vítima da droga, como começou, porque, em que situação. Fico penalizada com esta situação porque o jovem mal sabe conversar direito, brinca como criança e agora está nesta situação de difícil solução. Em São Paulo capital, tem agora o projeto para tirar o pessoal da cracolândia, oferendo emprego, cursos e moradia. É um projeto que devia estar em todas as cidades do país para ver se conseguem salvar estes jovens, ou pelo menos parte deles, pois são muitos jovens que estão morrendo por conta das drogas pesadas, tanto doente como assassinados. É uma peste maldita que alastra em todas as classes sociais. Quem tem dinheiro consegue esconder, mas os mais pobres ficam jogados pelas ruas, cometendo crimes em nome do vício. Este rapaz sempre esteve junto da mãe e não saia sozinho até os 16 anos, é muito deprimente ver o padecer desta família tão boa, de bons exemplos, simples, mas gente do bem...
O que será de futuras gerações se a peste continuar a se alastrar assim cada vez mais, em cada esquina nos deparamos com jovens se drogando e pontos de drogas. São jovens traficando e até pessoas idosas. É o único oficio que dá dinheiro rápido e sem muito trabalho, mas é por conta do tráfico que famílias estão destruídas pela dor, desespero, e desamparo, atrás das cortinas somente a dor e o lamento...Esta pessoa precisa de cuidados, e a fé é a esperança da familia para o conforto nas horas de desepero... 19/01/2014 Norma Aparecida Silveira de Moraes Norma Aparecida Silveira Moraes
Enviado por Norma Aparecida Silveira Moraes em 19/01/2014
Alterado em 19/01/2014 Copyright © 2014. Todos os direitos reservados. Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor. Comentários
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